Você sabe o que é laudo SPDA e para que serve?

O laudo SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) é um dos documentos obrigatórios de um empreendimento ou condomínio. Ele deve ser apresentado por empresas que possuem sistemas de proteção contra descargas elétricas (raios). Portanto, se você quer deixar sua empresa, indústria, instituição ou condomínio em dia, confira este conteúdo. 

O Brasil tem uma forte incidência de raios. A estimativa é de 77 milhões de descargas elétricas por ano no país. Locais desprotegidos podem ter prejuízos com a queda de um raio. Isso porque o raio atinge o prédio, danifica a sua estrutura e percorre a instalação elétrica. Enquanto isso, um prédio protegido recebe a descarga e a dissipa no solo, impedindo os danos. 

Contudo, não basta apenas ter o sistema de proteção, como os famosos para-raios. É preciso possuir um laudo SPDA conforme a recomendação da NBR-5419/2015. Veja mais detalhes a seguir. 

O laudo SPDA é obrigatório?

Como foi dito, o laudo SPDA é obrigatório quando a empresa tem um sistema de proteção de raios. O sistema de proteção deve incluir três elementos fundamentais: o subsistema de captação, as descidas e o sistema de aterramento. O laudo detalha cada um dos componentes. 

O documento assegura que os sistemas de proteção funcionam adequadamente. Portanto, ele deve conter as inspeções, verificações e medições feitas pelos técnicos no sistema. Assim, futuramente, ele servirá como parâmetro para novas análises do sistema.  

Conforme a NBR 5419, já citada, o laudo SPDA precisa ser revisto entre 1 ano (quanto o sistema é exposto à corrosão) e 3 anos (quando não é exposto). 

SAIBA MAIS 

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Quem pode emitir o laudo SPDA?

O laudo SPDA deve ser emitido por um profissional habilitado, seja ele autônomo ou atrelado a uma empresa. Mas é importante que ele tenha registro nos órgãos competentes, como o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). 

Já o Laudo de Aterramento poderá ser emitido somente por um profissional legalmente habilitado, ou seja, um Engenheiro Eletricista. É o que determina a NR-10. Isso porque ele é um item que compõe o Prontuário das Instalações Elétricas. 

Quais os tipos de SPDA?

Mas será que existe apenas um tipo de SPDA? Certamente, não! Veja o resumo a seguir. 

Existem diferentes tipos de SPDA, cada qual com diferentes aplicações:

SPDA Gaiola de Faraday: usado em espaços maiores, este sistema baseia-se na teoria de Faraday, onde o campo elétrico no interior da gaiola é nulo, protegendo o que estiver dentro dela. Condutores horizontais interligados formam uma malha que distribui a corrente uniformemente, proporcionando proteção às estruturas onde o SPDA está instalado.

SPDA Franklin: este sistema recebe a descarga em formato de cone, com um captor na extremidade da estrutura, oferecendo proteção em espaços menores, com um alcance de cerca de 45 metros e uma angulação de 25 graus.

SPDA Esfera Rolante: também conhecido como esfera fictícia, é usado em estruturas elevadas ou complexas. Uma esfera fictícia rola pela superfície da instalação em todas as direções possíveis. Os pontos tocados pela esfera são os mais expostos a descargas e devem ser protegidos por outros métodos, como a Gaiola de Faraday ou Franklin. Os pontos não tocados pela esfera (exceto subsistema de captação) estão protegidos.

Mas você deve estar pensando como escolher o tipo de SPDA. Na verdade, ele é escolhido com base no tamanho e nas necessidades da estrutura a ser protegida. 

Conclusão 

Você viu que o laudo SPDA é obrigatório em prédios que contenham o sistema. Mas é preciso contratar empresas sérias e com profissionais habilitados para fazer a adequação e acompanhamento do sistema. 

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